Cartaz fundo verde e texto: 06 de outubro - dia mundial da paralisia cerebral
Na passagem do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, em 6 de outubro, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) alerta para a importância da identificação dos primeiros sinais da deficiência para a promoção da estimulação precoce. A Paralisia Cerebral é caracterizada como uma lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo. Não se trata de uma doença e não há uma causa específica associada. Trata-se de uma deficiência que, apesar de complexa, pode ter seus impactos atenuados se for identificada e tratada desde os primeiros sinais.

“O fato de uma criança nascer com paralisia cerebral não a impede de ter uma vida normal no futuro. Quanto mais cedo ocorrer a intervenção, mais condições essa criança terá para desenvolver-se, considerando o aprendizado, qualidade de vida e inclusão social”, afirma a pedagoga Jeane Rauh Probst Leite, diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).

O desafio, segundo ela, está justamente na identificação da Paralisia Cerebral na criança. Os sinais e sintomas ocorrem já na primeira infância e podem ser variados, conforme o nível e a área do cérebro afetada, e podem envolver dificuldade motora, rigidez muscular, distúrbios ou atraso de fala, entre outros. “São muitas as avaliações que contribuem para o diagnóstico da Paralisia Cerebral e para a definição do tratamento mais adequado para cada caso”, ressalta Jeane. Segundo ela, é fundamental que os pais encaminhem a criança para o atendimento especializado o mais cedo possível.

Nas instituições especializadas, como as APAEs, as crianças com paralisia cerebral recebem atenção de equipes multidisciplinares nas áreas visual, auditiva, motora, sensorial, cognitiva, psicológica entre outras. “O objetivo é reabilitar ou fazer a estimulação precoce dessas crianças com Paralisia Cerebral para que possam viver em sociedade da melhor maneira possível”, explica o fisioterapeuta André de Souza Rocha, do Centro de Reabilitação Ana Maria Phillippi (CENER) da FCEE, especialista em Fisioterapia Neurofuncional da Criança. Segundo ele, dependendo da extensão da lesão neurológica, do atendimento recebido e da sua inclusão na sociedade, a criança com paralisia cerebral pode ter uma excelente qualidade de vida e apresentar importantes avanços no seu desenvolvimento.

Para crianças em idade escolar, o trabalho de reabilitação é feito sempre no contraturno do horário escolar, pois a participação da criança com paralisia cerebral no ensino regular é fundamental para o progresso e inclusão social. “A criança tem um benefício muito maior quando inserida nesse ambiente escolar, onde ela tem uma condição de participação em pé de igualdade com as demais”, afirma André.

Para ele, esta deve ser a principal bandeira do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, em 6 de outubro: educar para incluir. “A educação também passa pelas pessoas que convivem com essa criança, para que possam entender a deficiência, sem a excluírem e sem segregá-la a espaços especiais específicos - isso não criaria uma sociedade inclusiva”, defende.

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