1419554405/11/12 - Mariana teve meningite com um ano de idade. Depois do tratamento, os pais notaram que a filha havia deixado de responder a estímulos sonoros. — O telefone tocava e ela não mexia a cabecinha — conta a mãe, a massoterapeuta Marta Lima, de São José.

A doença havia deixado uma sequela grave. A cóclea, um ossinho do ouvido essencial para a audição, estava calcificada. O diagnóstico de Mariana foi de perda auditiva profunda nos dois ouvidos.

Para devolver a audição à filha, os pais tiveram de superar grandes obstáculos, como descrença inicial de médicos, viagens e custos do tratamento. A solução foi o implante auditivo coclear.

Também chamado de ouvido biônico, ele usa um microfone na orelha para captar os sons, que são transformados em sinais elétricos num processador do tamanho de um smartphone e depois transmitidos para a parte interna do ouvido através de uma pequena antena também localizada na orelha.

— Todas as roupas da Mariana têm um bolsinho nas costas para carregar o aparelho. Ela só precisa tirá-lo para tomar banho e dormir — diz Marta.

Mariana tem hoje nove anos. A mãe a descreve como uma criança normal e feliz. Frequenta a escola e adora balé. A fala não é igual à de uma criança da mesma idade sem problema auditivo. Mas a fonoaudióloga de Mariana prevê que, com 15 anos, esse problema esteja resolvido.

Marta mandou uma carta para a RBS contando a história da filha. A intenção dela é que todos os pais catarinenses com filhos em situação semelhante saibam que não precisam mais passar pelo que ela passou.

A rede pública de saúde da Grande Florianópolis oferece o implante coclear há cerca de cinco anos, incluindo acompanhamento de fonoaudiólogos. Além dos postos de saúde, o Hospital Universitário, em Florianópolis, e a Fundação Catarinense de Educação Especial, em São José, são centros de referência sobre o assunto.

Na próxima sexta-feira, as duas entidades promovem dois eventos sobre o tema na Assembleia Legislativa. As inscrições podem ser feitas até terça-feira, dia 6.

Fonte: Diário Catarinense/Vida e Saúde - publicada em 04/11/2012

Foto: Julio Cavalheiro/Agência RBS

Acesse a matéria no site do DC

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