dsc0001703/04/14 - Na noite de ontem, 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a presidente da FCEE, Rosemeri Bartucheski, ministrou uma palestra sobre o tema no Plenário da Câmara de Vereadores do município de Gaspar (SC). Participaram também do evento a Diretora Técnica da FCEE, Raquel da Silva, e o Diretor Administrativo, Eliton Dutra. Na palestra, que teve início às 20h, Rose também falou sobre o trabalho desenvolvido na Fundação. [Tradução em LIBRAS]
 
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Saiba mais sobre o Autismo

Transtornos do Espectro Autista (TEA) são identificados por um prejuízo significativo na comunicação, socialização e padrões repetitivos e estereotipados de comportamento. Os transtornos variam em gravidade e, entre eles, encontramos o Autismo Clássico (de Kanner) e a Síndrome de Asperger.

O autismo também é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD).  Outra maneira, mais antiga, de falar do autismo é mencionando o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID).  Estes são apenas jeitos diferentes de se falar do autismo.

Quais transtornos fazem parte do espectro autista? Transtorno Autista, Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (TGD-SOE) e Síndrome de Asperger.

Pessoas com autismo, em geral, tem alta sensibilidade. Isto quer dizer que elas percebem sons, imagens, toques, gostos e cheiros com muita intensidade. Com tantas sensações, fica difícil para estas pessoas se concentrarem em apenas uma dessas sensações, o que as leva a se estimularem constantemente, buscando uma única sensação que as ajude a organizar a grande quantidade de informação que recebem dos seus sentidos. Está aí o principal papel dos comportamentos repetitivos das pessoas com autismo (estereotipias).

Quando uma pessoa com autismo sacode as mãos, grita, balança o corpo, caminha insistentemente etc., ela está organizando as sensações que chegam até ela. Por isso, nem sempre é possível impedir que estes comportamentos aconteçam, pois eles são parte importante da vida das pessoas com autismo. Podemos ajudar estas pessoas a substituir tais comportamentos por outros mais socialmente aceitos, mas jamais eliminá-los.

Dúvidas frequentes

Qual a diferença entre Autismo e Síndrome de Asperger?

Na Síndrome de Asperger, não há atraso tão evidente no desenvolvimento da linguagem como no Autismo. Assim, a pessoa com Síndrome de Asperger desenvolve a linguagem e consegue se comunicar através dela com mais facilidade que a pessoa com autismo, mesmo que ainda tenha algumas limitações.

Qual a característica mais marcante no Autismo?

As dificuldades de interação social e comunicação estão no centro do autismo. Elas são as principais pistas para o diagnóstico do Transtorno Autista. Assim, a criança ou adulto evita contato visual, faz pouca ou nenhuma interação com outras pessoas, não divide seus interesses e gostos com quem está por perto.

É verdade que os autistas vivem "em seu próprio mundo", afastados da realidade? 

Isto é um mito que está sendo derrubado por vários estudos e pelas pessoas com autismo que conseguem se comunicar. As pessoas com autismo partilham da realidade e são lúcidas, sendo capazes de perceber mudanças no ambiente e nas pessoas.

Por que é tão difícil socializar com pessoas com autismo?

Estas pessoas são bombardeadas por sensações intensas o tempo inteiro. Assim, é muito difícil que se concentrem em um único estímulo, como por exemplo, a voz de uma pessoa ou o seu olhar. Por isso, a socialização torna-se difícil, mas não impossível.

Por que pessoas com autismo evitam contato visual?

Muitas pessoas com autismo dizem que não conseguem olhar diretamente para o rosto de outras pessoas porque, em um rosto, há muita informação. Devido à sua alta sensibilidade visual, é muito dificil para algumas pessoas com autismo olhar para imagens com muitos detalhes, como o rosto humano.

Como posso me comportar ao encontrar uma pessoa com autismo?

• Não faça muitas perguntas, principalmente aquelas relacionadas a sentimentos e emoções;

• Permita que ela faça alguns comportamentos típicos e aceite isso, afinal estes comportamentos são importantes para que essa pessoa se organize. Além disso, aceitar tais comportamentos é aceitar a cultura autista;

• Seja direto e objetivo. Pessoas com autismo conseguem processar melhor frases curtas e diretas. Figuras de linguagem, frases longas e repetitivas provavelmente não terão o efeito desejado em uma pessoa com autismo;

• Ao interagir com uma pessoa com autismo, esteja calmo. A sua ansiedade pode levar a uma agitação na pessoa com autismo, que não entende o que seu comportamento ansioso espera dela;

• Evite apelos emocionais. Pessoas com autismo expressam emoções e sentimentos de maneira diferente da maioria das pessoas. Elas sentem afeto, emoções e têm humor, apenas mostram tudo isso de jeitos inesperados e diferentes;

• Use recursos visuais, se possível. Pessoas com autismo pensam por imagens, não por linguagem. Para uma pessoa com autismo, uma imagem vale mais que uma palavra;

•  Fale em tom baixo. Estas pessoas geralmente tem alta sensibilidade auditiva. Assim, um tom de voz mais alto ou um barulho podem causar dor a uma pessoa com autismo;

• Seja prudente! Respeite o tempo de tolerância da pessoa com autismo. Se ao interagir esta pessoa iniciar comportamentos agitados, não insista. Dê um tempo para que ela possa processar as informações que você passou para ela.

Texto: Rana Malva Medeiros dos Santos

 
Assessoria de Comunicação FCEE

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