duas mulheres em sala de aula, uma delas segura pasta com desenhos coloridos
Imagine um livro didático, um boneco, uma placa de segurança e até um cardápio de alimentação adaptado criados por pedagogos e fonoaudiólogos e usados como comunicação alternativa para auxiliar a melhor aprendizagem de pessoas com deficiências. Imaginou? Pois bem, essa imaginação existe e está concretizada. Ela está contida no projeto de pesquisa “Adaptando livros em Comunicação Alternativa Aumentativa ou Suplementar como recurso comunicacional: um olhar pedagógico”, da professora Mariléia Gonçalves, da Apae de São Bento do Sul.

A pesquisa, assim como mais de 40 outros estudos, foi apresentada nesta sexta-feira, 16, na 4ª edição do Seminário de Projetos Técnicos e Científicos do Núcleo de Estudos e Pesquisa (NESPE) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Com o tema central “A importância de projetos de pesquisa científica e produção técnica”, o seminário trouxe o resultado de pesquisas científicas na área de educação especial executadas por pesquisadores da FCEE e instituições parceiras como Apaes, Centros de Atendimento Educacional Especializados em Educação Especial(CAESPs) e universidades.

vinte pessoas sentadas em auditório olhando para frente
Ao longo de todo o dia cerca de 100 pessoas participaram do evento realizado no campus da FCEE, em São José. Dezenas de pesquisadores se revezaram durante o Seminário mostrando seus estudos na área de educação especial por meio de palestras e exposições.

Comunicação alternativa para pessoas com deficiência
“Nosso projeto e pesquisa trabalha com a comunicação alternativa para pessoas com deficiência na faixa etária de zero até 73 anos, desde a estimulação precoce até os grupos de serviço de convivência. Cada grupo adequado ao seu nível de entendimento e com as adaptações necessárias”, destaca a professora Mariléia Gonçalves.

Ela destaca ainda que o material didático de comunicação alternativa vem auxiliando pessoas com deficiência na Apae de São Bento do Sul, com auxílio de terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, psicóloga e pedagogos. “Todo mundo trabalha na adaptação de materiais conforme o perfil do educando. Nós criamos e recriamos histórias em livro, adaptamos os materiais que a gente utiliza. Temos todo o tipo de material possível em comunicação alternativa”.

Pesquisas beneficiam a comunidade
Grazielle Franciosi da Silva, doutora em educação e Supervisora de Atividades Educacionais Extensivas, da FCEE, e palestrante do tema central do seminário, destaca que as pesquisas presentes no seminário beneficiarão a comunidade e também as 240 instituições especializadas conveniadas com a FCEE. “Temos pesquisas no campo do ensino e aprendizagem, em que falamos de inclusão escolar, de técnica de atendimento educacional especializado. Temos também pesquisas no campo da reabilitação cognitiva, fisioterápica, intervenção precoce, estimulação precoce de crianças de 0 a 6 anos com atraso de desenvolvimento global. Há ainda pesquisas na área da tecnologia assistiva e produções técnicas como a que se refere a iniciação ao mundo de trabalho das pessoas com deficiência, entre outras”.

Jeane Probst Leite, presidente da FCEE, que abriu o seminário, enfatiza que o evento tem uma importância significativa, pois divulga trabalhos de pesquisa não somente nas áreas da política pública e de metodologia, mas também no campo dos trabalhos pedagógicos realizados diariamente nos Centros de Atendimentos Educacional Especializados.

“Este seminário vem divulgar esses trabalhos de uma forma muito acadêmica, com respeito. E essas pesquisas estão certificadas conforme o hall das exigências que a gente tem de trabalhos e de produção de material. Isso tudo tem como objetivo melhorar o atendimento aos educandos com deficiência e a educação especial no Estado de Santa Catarina”.

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