No dia 10 de agosto comemora-se o Dia Internacional da Superdotação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial possui superdotação. Karoline, Wesly, Mateus e Júlia são exemplos de alunos identificados com indicadores de altas habilidades/superdotação e selecionados para participarem do serviço de atendimento educacional especializado oferecido pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José. Em Santa Catarina, os alunos em idade escolar com indicativos de Altas Habilidades/Superdotação estão incluídos no público-alvo da educação especial e têm direito a atendimento educacional especializado com o objetivo de minimizar as diferenças de estilo e ritmo de aprendizagem. É consenso entre os especialistas que alunos superdotados não encaminhados adequadamente enfrentam muitas dificuldades de aprendizagem e também emocionais. Desde 2014, o Governo do Estado de Santa Catarina, através da FCEE, vem realizando um trabalho pioneiro nesta área da educação especial que foi reconhecido como referência nacional pelo Ministério da Educação em 2017.
O trabalho promovido pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) da FCEE, com a missão de disseminar o conhecimento acerca das altas habilidades/superdotação e fomentar a identificação e o atendimento aos alunos talentosos, possibilitou, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED), a descentralização deste serviço, que hoje já atinge 500 alunos de escolas estaduais em 26 pólos regionais em todas as regiões do Estado, ampliando consideravelmente o número de alunos identificados com indicadores de Altas Habilidades/Superdotação. Em 2010, este número chegava a 28, em 2018 chegou a 1013, segundo dados do censo escolar catarinense.
FCEE: atendimento modelo para o resto do Estado
O serviço de atendimento prestado dentro do NAAH/S, no campus da Fundação em São José, é considerado modelo para os pólos regionais e usado como exemplo nas capacitações de profissionais da área da educação realizadas constantemente pelos profissionais da FCEE. Por ali já passaram e continuam passando crianças e adolescentes com capacidades especiais que recebem um atendimento educacional com adaptações curriculares que oferecem enriquecimento escolar e aprofundamento de estudos, ajustando o ensino ao nível do desenvolvimento real dos alunos.

Karoline explica que o atendimento recebido na FCEE permitiu a ela ter um crescimento e um desenvolvimento psicológico, pessoal e de amadurecimento. “Acredito fortemente que altas habilidades/superdotação é um assunto que precisa ser debatido em todas as escolas. Temos muitos ‘minigênios’ por aí e não sabemos”, afirmou. Na Fundação, Karoline participou do livro “Vozes do NAAH/S - Poemas e Narrativas” (Florianópolis: DIOESC, 2014), que reúne textos elaborados por alunos da Oficina de Leitura e Produção Textual do NAAH/S e que é distribuído gratuitamente para escolas públicas da rede estadual.

Relevando talentos
“Os alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação necessitam de serviços educacionais especializados que acolham suas especificidades, respeitem suas assincronias e promovam o desenvolvimento acadêmico, artístico, psicomotor e social”, defende a coordenadora do NAAH/S, a psicóloga Andréia Panchiniak. “Nosso país previsa investir em estudos, pesquisas e serviços nesta área, e abrir suas portas às modernas evidências de pesquisa sobre o indivíduo com altas habilidades, considerando seu potencial como promotor do desenvolvimento tecnológico, cultural e educacional da nossa nação. Não podemos desperdiçar nossas inteligências; há por toda parte jovens esperando por melhores oportunidades e desafios às suas capacidades”, destaca.
De Norte a Sul de Santa Catarina, do Grande Oeste ao Litoral, o trabalho realizado pela FCEE está levando ao reconhecimento e à valorização do potencial de nossos jovens estudantes. “Estamos rompendo mitos, mudando paradigmas, desvelando os talentos que até pouco tempo atrás estavam na invisibilidade”, resume a coordenadora do NAAH/S.
“Os alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação necessitam de serviços educacionais especializados que acolham suas especificidades, respeitem suas assincronias e promovam o desenvolvimento acadêmico, artístico, psicomotor e social”, defende a coordenadora do NAAH/S, a psicóloga Andréia Panchiniak. “Nosso país previsa investir em estudos, pesquisas e serviços nesta área, e abrir suas portas às modernas evidências de pesquisa sobre o indivíduo com altas habilidades, considerando seu potencial como promotor do desenvolvimento tecnológico, cultural e educacional da nossa nação. Não podemos desperdiçar nossas inteligências; há por toda parte jovens esperando por melhores oportunidades e desafios às suas capacidades”, destaca.
De Norte a Sul de Santa Catarina, do Grande Oeste ao Litoral, o trabalho realizado pela FCEE está levando ao reconhecimento e à valorização do potencial de nossos jovens estudantes. “Estamos rompendo mitos, mudando paradigmas, desvelando os talentos que até pouco tempo atrás estavam na invisibilidade”, resume a coordenadora do NAAH/S.