20131011_16284401/11/13 - Desde o mês de setembro, servidores da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participam de oficinas de saúde vocal oferecidas pelo Setor de Saúde Ocupacional da Gerência de Gestão de Pessoas (Gepes), coordenadas pela fonoaudióloga Karina Lobo Poletto. A iniciativa faz parte de um programa de saúde vocal que está sendo implantado na Fundação.

“A ideia é que os servidores não tenham problemas de voz. Isso é feito por meio da orientação de como lidar com o mecanismo da voz para que a utilizem de forma saudável, clara e harmoniosa, evitando assim alterações como disfonias de ordem ocupacionais”, explica a fonoaudióloga. As oficinas são formadas por grupos de até seis servidores, que participam de encontros semanais com duração de aproximadamente uma hora.

Ao total, serão dez encontros, sendo que o último está previsto para o final deste mês, nos quais são abordadas questões relativas à compreensão da anatomia e da fisiologia da produção vocal, maneiras de manter a saúde vocal e exercícios preventivos.

As vagas para as oficinas foram abertas para servidores de todos os setores da FCEE, com preferência para aqueles que utilizam a voz de forma contínua em suas atividades cotidianas. Karina explica que “são considerados profissionais da voz todas aquelas pessoas que dependem dela para realizar seu trabalho e, no caso de situações de rouquidão ou afonia (perda da voz), ficam impossibilitadas de exercerem suas tarefas, ocorrendo afastamento temporário e até mudança de ocupação profissional, alem de causar problemas emocionais para o servidor”.

Ana Regina Rodrigues é uma dessas profissionais que utilizam a voz com muita frequência durante o período de trabalho. Telefonista da FCEE, ela conta que já aprendeu muito com as oficinas. “Para mim está sendo ótimo fazer os exercícios. Antes eu achava que respirar era uma coisa natural, que não exigia nenhuma técnica. Agora eu sei que tem muita técnica”.

Outro exemplo é a pedagoga Sandra Regina Gerent Voges, que trabalha na Gerência de Gestão de Pessoas (Gepes). Ela relata que colegas e até a família já notaram a sua evolução. “Sempre falei muito alto e muito rápido, forçando a voz sem necessidade. Agora estou tendo mais noção de como controlar o volume e o tom da minha voz, e aprendi a falar mais devagar”.

Ela explica que essa é a primeira vez que participa de uma atividade dedicada aos cuidados com a saúde vocal. “Nunca fui a uma fonoaudióloga na minha vida, e não tinha noção de como o mau uso da voz pode nos prejudicar. Com as oficinas, passei a conhecer um pouco sobre a anatomia da voz e passei a detectar problemas que tive ainda quando trabalhava em sala de aula”.

Sandra lamenta que a maioria dos cursos destinados a formar professores não possuam uma disciplina relacionada aos cuidados da voz. “Deveria haver, é muito importante. Evitaria muitos problemas futuros aos professores. Essas oficinas são tudo de bom. Espero que tenha continuidade, quero participar sempre. Todas as semanas, fico ansiosa para chegar o dia dos nossos encontros”, conclui.

Karina diz estar muito satisfeita com a participação dos servidores que aderiram às oficinas e que já veem resultados obtidos por meio da teoria e dos exercícios realizados durante os encontros, que trabalham com a respiração, com o relaxamento, ressonância, articulação e dicas de higiene vocal. “Alguns contam que não se davam conta de como utilizavam a voz de forma errada e até já procuraram ajuda médica porque durante as oficinas puderam detectar problemas. Ano que vem pretendemos continuar com o projeto, mas ainda não sei se será no mesmo formato. Como esse é um projeto piloto, está servindo como experiência para as próximas atividades. Mas estou gostando bastante da interação dos participantes nos grupos”, destaca.

Camila Carvalho, professora do Centro de Educação Física (Ceduf), também aprova a iniciativa. “Achei muito bacana o projeto, todos os servidores deveriam participar. E só tenho elogios para a criatividade da Karina nas oficinas. Com ela, treinamos a respiração e a ressonância de forma lúdica, foi muito legal. Gostei muito dos momentos de relaxamento com música, enquanto trabalhávamos a respiração, e dos exercícios para fortalecer o diafragma”.

A educadora física também conta que conseguiu perceber  diferença em sua rotina em sala de aula. “Eu tinha bastante dificuldade de manter o mesmo tom de voz. Por causa do curso, senti que minha respiração e minha entonação melhoraram muito, já que melhorou a minha percepção vocal”.

Ela também destacou a integração dos servidores de diferentes setores durante as oficinas. “Foi bom trabalhar em grupos pequenos para nos conhecermos melhor e também para perder a inibição”.

Programa de Saúde Vocal

O objetivo do Programa de Saúde Vocal, do qual faz parte esta atividade, é capacitar o servidor para a proteção da saúde vocal, visando a uma maior qualidade no exercício profissional. Para isso, tem o intuito de esclarecer de forma simples e objetiva como a voz é produzida (as estruturas e respectivas funções nesse processo), informar sinais e sintomas para detecção precoce de alterações vocais, assim como formas de preservar a saúde vocal e evitar futuros problemas.

Assessoria de Comunicação FCEE

 

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